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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Orçamento da União sob suspeita

  1. Estudo da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV-DAPP) revelou que o orçamento do Ministério da Educação (MEC) tem sido executado abaixo da média do orçamento geral da União. Em 2014, o MEC gastou efetivamente 77% das verbas empenhadas, enquanto o orçamento geral teve 82% de execução.
  2. Os pesquisadores da FGV constataram, ainda, que no primeiro Governo Dilma os recursos para a educação cresceram acima da média de 2001 a 2010 - chegando o acréscimo a R$ 93 bilhões (55% além da inflação) -, porém os problemas na execução orçamentária comprometem a qualidade e a efetividade do investimento.
  3. Muitas são as hipóteses para a baixa execução no orçamento do MEC, em especial as que envolvem a construção de novas creches, Institutos Federais e Universidades, que somente têm os serviços pagos após a entrega dos prédios - e existem atrasos recorrentes nas obras.
  4. Outra explicação para o problema reside no contingenciamento de repasses da União para estados e municípios, sobretudo do Fundeb e de ações intermediadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que afeta diretamente os investimentos na escola pública de nível básico.
  5. No caso do Fundeb, além do percentual de 15% autorizado pela Lei para transferência a posteriori dos recursos de complementação da União, existem anos, a exemplo de 2013 e 2014, que o MEC não corrige em tempo hábil o valor per capita do Fundo, deixando de repassar aos estados e municípios significativos recursos para investimentos nas escolas e para pagamento dos profissionais.
  6. O lema do novo governo “Brasil, Pátria Educadora” certamente lançará luzes sobre muitos problemas que travam a possibilidade de melhoria da educação pública, como esse da execução orçamentária do MEC. E cabe à sociedade cobrar medidas para melhorar o gasto público na perspectiva de cumprimento da meta 20 do Plano Nacional de Educação, que prevê o investimento de 10% do PIB em educação na próxima década.
  7. Outra ação urgente diz respeito à regulamentação do Custo Aluno Qualidade - previsto na meta 20 do PNE -, pois se trata de política que potencializará o investimento e a correta alocação das verbas da educação.
  8. Neste momento de ajuste fiscal com sobrecarga para os trabalhadores - ação governamental com a qual a CNTE não concorda, pois nenhuma política até agora se voltou para a justiça contributiva no país, em especial para a criação do Imposto sobre Grandes Fortunas ou para o aumento de impostos das instituições financeiras -, os trabalhadores em educação das escolas públicas exigem o cumprimento das promessas eleitorais da presidenta Dilma e de todos os governadores e prefeitos para que tenhamos efetivamente uma pátria educadora.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Corinthians bate São Paulo e decidirá Copinha contra Botafogo


O Corinthians vai em busca de seu nono título da Copa São Paulo. A equipe bateu o São Paulo por 3 a 0 em Limeira nesta quinta-feira e está na decisão do torneio.

Apesar de gerar muita expectativa, os corintianos tiveram certa facilidade para passar pelo rival, em uma partida marcada por muita tensão, troca de agressões e briga de torcedores.

Pela frente, o Corinthians terá o Botafogo, de Ribeirão Preto, que venceu o Palmeiras por 2 a 1, em Barueri.


O duelo será no Pacaembú, neste domingo , dia 25/01 (aniversário de SPaulo). as 10h50minutos

Fases do jogo: Nervosismo e pouco futebol. Esse foi o começo da partida em Limeira com os jogadores trocando empurrões e com muitas faltas. A primeira vez que alguém quis jogar bola, Maycon deu um lindo passe de trivela para Matheus Vargas, que cortou o zagueiro e bateu no canto do goleiro.

O gol parece ter abalado o São Paulo que começou a sofrer com o poder ofensivo corintiano. Até que aos 31 minutos, Léo Príncipe aproveitou vacilo da defesa são-paulina após belo passe de Marciel e ampliou. Ainda no primeiro tempo, João Paulo quase diminuiu de escanteio, mas a bola foi no travessão.

O ritmo mudou no segundo tempo e o São Paulo foi para cima do Corinthians desde o primeiro minuto, quando João Paulo carimbou a trave adversária ao bater na saída do goleiro. Na sequência, Caíque evitou o gol após cabeçada de Inácio e no rebote, João Paulo mandou para fora.

Mas, para definir a partida apareceu Gabriel Vasconcelos, que recebeu a bola dentro da área e bateu por baixo do goleiro Lucas, fazendo o terceiro gol corintiano. Na comemoração, ele provocou a torcida adversária imitando o gesto que Cristian fez cruzando os braços e mostrando o dedo do meio.

Melhor: Maycon – O passe dado pelo meia do Corinthians foi fundamental para o placar ser construído com facilidade. Ele deixou Matheus Vargas na cara do gol.

Pior: Matheus Reis – O lateral do São Paulo se preocupou mais em arranjar confusão do que jogar. E foi em suas costas que surgiu Léo Príncipe para fazer o segundo gol corintiano.

Para lembrar.

Briga. Antes do jogo começar, a torcida do Corinthians tentou invadir o setor reservado aos são-paulinos e entrou em conflito com a polícia militar.

Agressão. Matheus Cassini cuspiu no zagueiro do São Paulo durante a partida. Matheus Reis devolveu na mesma moeda e foi atingido por uma cabeçada, antes de dar um soco na nuca do adversário.

Atraso. A torcida organizada do São Paulo chegou ao estádio apenas no intervalo da partida e demorou para entrar para as arquibancadas. O mesmo aconteceu com os corintianos.

CAMPANHA ADOTE UM PRESO E VIVA FELIZ


ESTE JUIZ É DOS BONS

          Folha de São Paulo, Painel do Leitor
          "Direitos humanos"

          "Quando eu era Juiz da Infância e Juventude em Montes Claros, norte de Minas Gerais, em 1993, não havia instituição adequada para acolher menores infratores. Havia uma quadrilha de três adolescentes praticando reiterados assaltos. A polícia prendia, eu tinha de soltá-los. Depois da enésima reincidência, valendo-me de um precedente do Superior Tribunal de Justiça, determinei o recolhimento dos "pequenos" assaltantes à cadeia pública, em cela separada dos presos maiores. Recebi a visita de uma comitiva de defensores dos direitos humanos (por coincidência, três militantes). Exigiam que eu liberasse os menores. Neguei. Ameaçaram denunciar-me à imprensa nacional, à Corregedoria de Justiça e até à ONU. Retruquei para não irem tão longe, t inha solução. Chamei o escrivão e ordenei a lavratura de três termos de guarda: cada qual levaria um dos menores preso para casa, com toda a responsabilidade delegada pelo juiz. Pernas para que te quero! Mal se despediram e saíram correndo do fórum. Não me denunciaram a entidade alguma, não ficaram com os menores, não me "honraram" mais com suas visitas e... os menores ficaram presos. É assim que funciona a "esquerda caviar". Tenho uma sugestão ao Professor Paulo Sérgio Pinheiro, ao jornalista Jânio de Freitas, à Ministra Maria do Rosário e a outros tantos defensores dos "direitos humanos" no Brasil. Criemos o programa social "Adote um Preso". Cada cidadão aderente levaria para casa um preso carente de direitos humanos. Os benfeitores ficariam de bem com suas consciências e ajudariam, filantropicamente, a sociedade a solucionar o problema carcerário do p aís. Sem desconto no Imposto de Renda," é claro.

             ROGÉRIO MEDEIROS GARCIA DE LIMA - Desembargador - Belo Horizonte - MG)".

          Passe esta ideia à frente se você também concorda, é uma boa forma de praticar Direitos Humanos...
 
 
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Governo estuda criar fundo de incentivo à prática de esportes




O Ministério do Esporte planeja criar um fundo nacional para incentivar a prática esportiva no país. O projeto de lei que cria o fundo deverá ser encaminhado ao Congresso Nacional no segundo semestre deste ano. 
A informação é do ministro do Esporte, George Hilton, que participou dia (23/01) de reunião no Comitê Olímpico Brasileiro (COB), no Rio de Janeiro.
O texto ainda está sendo preparado e, antes de ser fechado, será discutido com o COB e com os representantes das diversas confederações esportivas brasileiras. “O fundo segue a mesma lógica do que é aplicado hoje na educação, onde tem uma Lei de Diretrizes e Bases que define qual é o papel da União, [dos] estados e municípios”.
O ministro destacou que a proposta é que não haja descontinuidade nos repasses de recursos. “Às vezes, o município não tem condições de celebrar [o convênio], então o recurso volta”, disse George Hilton.
Segundo ele, o fundo será composto por orçamentos públicos, como o Orçamento Geral da União, e por recursos privados oriundos de incentivos fiscais e verbas de loterias.
Hilton ressaltou que o objetivo é tornar a política nacional esportiva uma política de Estado. “Os números serão trabalhados dentro do orçamento que já existe no ministério, no que a gente tem com a Lei Agnelo-Piva e também no que traremos com a lei de incentivo fiscal. Existe um projeto que está sendo elaborado pelos técnicos do ministério e teremos um diagnóstico, até março, de como será a responsabilidade de cada ente e quem serão os gestores.”
O presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, disse que a ideia do fundo é boa. Ele ponderou que o texto ainda será discutido com as confederações. “Tudo tem que ser conversado, tem que ser discutido. O que foi combinado é que tudo será feito com um trabalho conjunto com o COB e as confederações.”

Secretário utiliza caminhão da prefeitura para fazer mudança


O secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente de Ribas do Rio Pardo (MS), Mario Augusto Vissoto, 37 anos, foi flagrado fazendo mudança particular da irmã com um caminhão da prefeitura. 
O servidor foi abordado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na quinta-feira (22), na BR-158, em Santa Maria, Rio Grande do Sul.
O prefeito de Ribas do Rio Pardo, José Domingues Ramos (PSDB), “Zé Cabelo”, disse que o secretário será exonerado e um processo administrativo será aberto. 
 "Essa informação foi confirmada à noite pelo próprio secretário que me ligou dizendo desse fato. 
Para nós, para a prefeitura ele estaria em Maracaju, em uma feira.
 Foi liberado diária pra ele acompanhar essa feira, mas ontem à noite ele me ligou informando sobre esse acontecimento.
 Isso pra nós é muito triste, pois jamais imaginaríamos que ele pudesse fazer um ato irresponsável como este. De uma pessoa que tem a frente uma secretaria pra administrar, com um veículo que ele sabe que é pra atender a população, que conseguimos para esse fim”, disse.
Um carro, com placas da mesma cidade, acompanhava o caminhão, o que fez com que um motorista que trafegava na BR-158 desconfiasse e ligasse à PRF. 
O veículo, estava o secretário de Agricultura da cidade, Mario Augusto Vissoto, 37 anos, e a irmã dele, Fátima Zanata.
A mudança, segundo a PRF, seria da irmã do secretário e iria para Manoel Viana. 
A viagem entre as duas cidades é de 1.510 km.
 Os três tripulantes do carro e o motorista do caminhão, 
Clóvis Barcalopre, 49 anos, funcionário da prefeitura, foram levados à delegacia de polícia (DPPA), onde prestaram depoimento. 
O secretário poderá responder por improbidade administrativa e até peculato.

Sejuvel promove Colônia de Férias para crianças do Residencial Novo Oeste


 As atividades serão das 7h às 11h para crianças com faixa etária de 6 a 14 anos.

Reajuste do Piso: Sem acordo negociação entre FETEMS e Governo continua


 Uma nova rodada de negociações foi agendada para a próxima segunda-feira (26), às 7:30h, na sede da governadoria, quando a equipe do Governo do Estado deverá apresentar para a direção da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS), uma proposta por escrito, em relação ao cumprimento da Lei n° 4.464, de 19 de Dezembro de 2013, que trata sobre o reajuste de 25,42% do Piso Salarial dos professores da Rede Estadual de Ensino.
Nesta quinta-feira (22) a direção da FETEMS e os secretários estaduais, Eduardo Riedel, de gestão estratégica, Maria Cecília, de educação, Sergio de Paulo, de Governo e membros da assessoria jurídica e legislação se reuniram pela terceira vez e não fecharam um acordo em torno dos números do Estado e de uma proposta que atendesse os anseios da categoria.

De acordo com o presidente da FETEMS, Roberto Magno Botareli Cesar, as conversas avançaram, mas ainda não é o ideal, pois a entidade não aceitará, em hipótese alguma, retrocessos nas conquistas de valorização dos educadores de MS. “Continuamos afirmando que o Governo do Estado possui condições reais de cumprir a legislação, sabemos de todos os problemas iniciais de gestão, por isso estamos mantendo o processo de negociação em aberto até chegarmos a uma proposta cabível de ser apresentada para os trabalhadores em educação de MS, na Assembleia Geral da Federação, no próximo dia 3 de fevereiro”, explica.

Segundo a vice-presidente da Federação, Sueli Veiga Melo, a entidade optou por não divulgar números que foram apresentados hoje, pois não quere gerar expectativa na categoria, até ter de fato uma proposta concreta que possa ser votada em Assembleia. “O que podemos afirmar é que não admitiremos retrocessos, temos uma Lei, aprovada, que vem de encontro com a meta 17 do Plano Nacional de Educação, que prevê a implantação do pagamento do piso dos professores por 20 horas, no prazo de seis anos em todo o país e é nesse sentido que continuaremos nossa luta pela valorização da categoria”, afirma.

Na ocasião o secretário de finanças da FETEMS, Jaime Teixeira, explicou que a entidade trabalha com dados concretos da arrecadação do Estado e sabe que existe a capacidade de cumprir a Legislação. “Nós trabalhamos com números, estudamos a máquina e sabemos até onde podemos ir no processo de negociação, exemplo disso, é que atualmente MS gasta 42% de recursos com folha de pagamento, com o reajuste gastaria 45% e pelo consta na legislação pode gastar até 54%, portanto continuaremos na luta para apresentar a melhor proposta possível para a categoria”, disse.

Já o secretário jurídico da entidade, Amarildo do Prado, afirmou que o prazo para finalizar as negociações está apertando, já que precisam de uma proposta concreta até o próximo dia 30 de janeiro. “Nossa expectativa é de finalizar esse processo até a próxima segunda-feira (26), para que no nosso conselho de presidentes dia 28, quarta-feira, possamos repassar isso para os dirigentes sindicais que irão realizar as Assembleias Municipais com a categoria no próximo dia 2 de fevereiro, segunda-feira”, ressalta.

Em entrevista a imprensa, ao final da reunião, a secretária de educação do estado, Maria Cecília, ressaltou que por parte do Governo as negociações continuam. “Pretendemos deixar as portas abertas para o diálogo com a Federação e esperamos chegar a um consenso que seja cabível para ambas as partes”, conclui.

Historicamente a FETEMS irá realizar assembleias municipais para debater o reajuste do piso salarial, dos professores nos 73 sindicatos filiados a entidade, no mesmo dia e no mesmo horário, no próximo dia 2 de fevereiro, segunda-feira, às 16hs e no dia 3, terça-feira, os delegados tirados nessas assembleias, estarão em Campo Grande, para uma assembleia geral da Federação, onde será votado se a categoria concorda ou não com a proposta do Governo e quais as ações que serão realizadas. É nessa ocasião, por exemplo, que se define a realização de uma possível greve na rede estadual, a partir do dia 4, que é quando se iniciam as aulas.

Ribas do Rio Pardo já cumpre o reajuste de 13,01%



Uma reunião entre o SIMTED(Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação),de Ribas do Rio Pardo e a prefeitura,realizada na última segunda-feira(19) definiu os termos do projeto de lei que foi encaminhado para a Câmara de Vereadores pelo prefeito, José Domingues Ramos.

O documento foi sancionado pelos parlamentares na sessão realizada na noite de segunda-feira, estabelecendo assim a Lei Municipal que reajustou em 13,01% o salário dos professores da Rede Municipal de Ensino de Ribas do Rio Pardo. Esta é a porcentagem definida pelo governo Federal para o Piso Nacional dos professores através da Lei 11.738/2008.  

Ainda conforme estabelece o PCCR(Plano de Cargos Carreira e Remuneração do Magistério), todo mês de janeiro, independente do índice de reajuste este será acrescido de mais 3% conforme determina a legislação municipal especifica da educação. Assim o reajuste chegou a 16,01%, retroativo na folha de pagamento do mês de janeiro.

Assim o Piso dos professores de Ribas do Rio Pardo, passou dos atuais R$ 1.924,47 para R$ 2.232,58 para 40 horas aula.  

“Ainda estamos muito longe do ideal, mas estamos no caminho certo. O diálogo demonstrou ser a melhor forma para a categoria e para a educação pública avançar no município de Ribas do Rio Pardo” disse a presidente do SIMTED, Rógina Pereira Lemos.

Na reunião a presidente foi acompanhada pela secretária geral do SIMTED, Dulcinéia Militão.

O reajuste é anual e o índice definido pelo Governo Federal, através de portaria publicada pelo Ministério da Educação. Para a definição deste índice, o Governo considera o cálculo custo aluno por ano.

FETEMS adquire Van para melhor atender afiliados






A FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), adquiriu um veículo modelo Van Renault Master, ano 2015, para atender aos afiliados que se hospedam na Casa do Trabalhador, Elson Lot Rigo e necessitam de deslocamento para tratamento de saúde em Campo Grande.

O veículo possui, ar condicionado, 16 lugares e substituiu o ônibus que antes atendia aos afiliados. A mudança foi necessária devido ao tempo de utilização do veículo, já que foi determinado em assembleia que a frota da Federação deve ter no máximo três anos de uso.

Outro ponto que pesou para a substituição do ônibus foi a questão da mobilidade e agilidade no trânsito, e porque o veículo já estava obsoleto e rodava com déficit de usuários.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Suécia fecha quatro presídios por falta de detentos


Taxa de ocupação do sistema carcerário do país vem caindo desde 2004

Suécia
Vista da cidade de Estocolmo, na Suécia (Thinkstock/VEJA)
A Suécia passa por uma drástica queda no número de prisões nos últimos dois anos e, por esse motivo, as autoridades decidiram fechar quatro penitenciárias e um centro de detenção, informa reportagem do jornal britânico The Guardian. "Vemos um declínio extraordinário no número de detentos. Agora temos a oportunidade de fechar parte de nossa infraestrutura", disse Nils Oberg, diretor de Serviços Penitenciários do país.
O serviço penitenciário sueco fechou presídios em quatro cidades: Aby, Haja, Bashagen e Kristianstad. Dois desses prédios devem ser vendidos para a iniciativa privada e os outros dois devem abrigar temporariamente outras instituições estatais.

O número de detentos na Suécia vinha sendo reduzido em cerca de 1% ao ano desde 2004. Entre 2011 e 2012, a redução ampliou para 6% ao ano, taxa que deve ser mantida em 2013 e 2014. Oberg declarou que a abordagem liberal adotada pela Suécia quanto às prisões, com prioridade na reabilitação de prisioneiros e trabalhos voluntários, influenciou a queda de ocupação no sistema prisional do país.
"Nós acreditamos que os esforços em investir na reabilitação e prevenção de recaída de crimes tiveram um impacto", disse Oberg. Tribunais suecos vêm adotando penas mais brandas para crimes relacionados com drogas após uma decisão da Suprema Corte em 2011, explicando, pelo menos, parte da queda brusca do número de detenções.
O governo sueco, no entanto, vai manter a opção de reabrir pelo menos duas das prisões fechadas se o número de detentos voltar a crescer. "Nós não estamos no ponto de concluir que esta [queda das prisões] é uma tendência de longo prazo e que é uma mudança de paradigma", disse Oberg. "O que temos certeza é de que a pressão sobre o sistema de justiça criminal tem caído acentuadamente nos últimos anos", concluiu.


População carcerária – Segundo dados compilados pela organização World Prison Brief (WPB), os Estados Unidos têm a maior população carcerária do mundo, com 2 239 751 de detentos. A China ocupa o segundo lugar com 1 640 000 pessoas atrás das grades. Os presos da Rússia totalizam 681 600 pessoas e, em quarto lugar, está o Brasil, com 548 003 encarcerados. A Suécia tem 4 852 presos.

80 mil presos serão soltos no Brasil a partir do dia 5


 

As ruas das cidades brasileiras irão receber, a partir do dia 5 de julho, quando entra em vigor a Lei 12.403/11, nada menos que 80 mil pessoas egressas do sistema penitenciário.
Aprovada pelo Congresso e sancionada pela presidente Dilma Rousseff, a lei estabelece que crimes com penas máximas abaixo de 4 anos de detenção não serão mais passíveis de pena de prisão, mas apenas de punições alternativas como serviços comunitários e outras.
 Crimes como furto, desacato à autoridade, atentado ao pudor e outros estão enquadrados nos benefícios da nova lei. O Ministério da Justiça informa que os presos libertados serão monitorados por meio de tornozeleiras eletrônicas.
“Essa lei é um grave equívoco”, afirma o desembargador Eduardo Pereira Santos, da 10ª Vara Criminal de São Paulo. “O Poder Executivo não investe no sistema penitenciário, mas não é por isso que a sociedade tem de arcar com a convivência com criminosos”. 
O promotor paulista Marcelo Barone manifesta posição semelhante. “Com essa lei, a presunção relativa de inocência para um acusado se torna presunção absoluta, o que não existe em nenhum lugar do mundo”, afirma ele. “As cadeias, aqui, irão se tornar apenas hotéis de trânsito” (leia aqui mais repercussão).
A legislação foi uma maneira que os parlamentares, com apoio do governo, encontraram para diminuir a superlotação do sistema carcerário nacional. Com ela, nada menos que 20% dos atuais presos poderão estar de volta às ruas. O déficit de vagas nas penitenciárias é estimado em 180 mil.
A proposta de vigilância eletrônica, debatida no congresso da ONU sobre prevenção ao crime, formou uma espécie de consenso no governo de que esta é praticamente a única saída diante das condições críticas das prisões brasileiras. Dados oficiais mostram que o número de detentos aumenta 7,3% ao ano.
Nos últimos 20 meses, os mutirões do Conselho Nacional de Justiça tiraram da prisão 21.280 pessoas, todas elas presas indevidamente. Muitas já tinha cumprido pena ou nem tinha sido julgadas e estavam presas por tempo superior ao prazo legal.
Fonte: Brasil 247

Governo questiona reajuste de 25% e professores ameaçam reagir com greve


Reinaldo diz que Estado não tem recursos para cobrir impacto de R$ 27 milhões na folha

Não há recursos disponíveis para cobrir o custo, da ordem de R$ 27 milhões, para pagar o reajuste salarial de professores da rede estadual, disse na manhã desta quarta-feira (14) o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB). Representantes da categoria já avisaram que, caso o aumento não seja pago, mobilizará a classe para cruzar os braços.
Em agenda pública na manhã desta quarta-feira (14), o governador afirmou que é preciso abrir uma discussão com a categoria, mas questionou a legislação prevendo reajuste que, segundo ele, corre o risco de ser inconstitucional. “Será que não fere a Lei de Responsabilidade Fiscal?”, questiona
A Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de MS) esperava reunião com o governador na manhã desta quarta-feira na Governadoria, o que não houve até então. O objetivo, segundo o presidente, Roberto Magno, era discutir o aumento e as declarações do governo sobre dificuldade em cumprir o reajuste.
Com o impasse sobre o cumprimento, Azambuja corre o risco de enfrentar a primeira greve de sua gestão. Apesar de afirmar “que o momento não é este”, o presidente da Fetems diz que convocará assembleia, antes de começar o ano letivo, caso as tratativas com o Executivo estadual não sejam positivas.
Os professores da rede estadual de ensino devem receber, segundo o que prevê a legislação que institui a política salarial do magistério, 25% de reajuste a cada ano para que, até 2018, o piso local alcance o piso nacional da categoria. A porcentagem é referente ao aumento nacional, previsto pela lei federal do magistério, somado ao reajuste concedido na gestão de Puccinelli, 
No entanto, segundo Azambuja, o aumento geraria impacto de R$ 27 milhões na folha da Educação, recurso não disponível pelo governo estadual por enquanto. “É uma irresponsabilidade assumir este compromisso e não dar conta de bancar depois. O aumento afeta a estrutura do Estado”, avalia o tucano.
Azambuja critica também o ex-governador André Puccinelli (PMDB), que autorizou o aumento em 2014, deixando a conta para o sucessor pagar. “É irresponsabilidade, se fosse possível pagar ele faria em 2014 e não teria remetido para 2015”, reclama.
Situação semelhante ocorreu em Campo Grande, quando professores da Reme (Rede Municipal de Educação) cobraram do prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), o cumprimento da equiparação salarial. Na ocasião, em novembro passado, a categoria chegou a ficar duas semanas em greve, até que um acordo, prevendo parcelamento do reajuste, foi firmado.

O dia em que a ditadura acabou no brasil

Há exatos 30 anos, em 15 de janeiro de 1985, a vitória de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral punha fim a 21 anos do regime militar
Publicado em 15/01/2015 | 
Um busto discreto na Praça Osório, no centro de Curitiba, marca o local onde começou a caminhada final para a redemocratização do Brasil. No dia 12 de janeiro de 1984, no local onde hoje está o busto do mineiro Tancredo Neves, lideranças políticas de todo o país e cerca de 50 mil pessoas se reuniram para pedir a volta das eleições diretas para a Presidência da República. O ato foi a largada para a campanha que ficou conhecida como “Diretas Já”, movimento que foi vencido no Congresso, mas que resultou na eleição de Tancredo Neves para a Presidência há exatos 30 anos, em 15 de janeiro de 1985.
A redemocratização
Da rejeição da Emenda Dante de Oliveira à eleição de 89, os brasileiros esperaram seis anos para voltar a escolher o presidente:
2 de março de 1983 - O deputado federal Dante de Oliveira (PMDB-MT) apresenta uma proposta de emenda constitucional para reinstaurar as eleições direitas para a Presidência da República. A proposta fica conhecida como Emenda Dante de Oliveira.
12 de janeiro de 1984 - Comício na Boca Maldita, em Curitiba, marca o início da campanha pelas eleições diretas. Cerca de 50 mil pessoas participam.
25 de Janeiro de 1984 - Comício das Diretas, na Praça da Sé, em São Paulo, reúne 300 mil pessoas.
16 de fevereiro de 1984 - Rio tem passeata pela eleição direta.
24 de fevereiro de 1084 - Em Belo Horizonte, cerca de 400 mil pessoas pedem eleições diretas.
21 de março - Nova passeata no Rio reúne 200 mil pessoas.
10 de abril de 1984 - Comício da Candelária, no Rio, reúne um milhão de pessoas.
16 de abril de 1984 - Passeata em São Paulo reúne cerca de 1,5 milhão de pessoas. É a maior manifestação da história do Brasil.
25 de abril de 1984 - A Câmara rejeita a emenda Dante de Oliveira. Foram 298 votos a favor (eram necessários 320), 65 contrários e 3 abstenções; 112 deputados não compareceram. O PMDB começa a articular a candidatura de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral.
3 de julho de 1984 - Dissidentes do PDS (o descendente da Arena, partido de sustentação da ditadura militar) criam a Frente Liberal.
7 de agosto de 1984 - A aliança entre a Frente Liberal e o PMDB é formalizada. José Sarney é escolhido como vice de Tancredo.
11 de agosto de 1984 - Paulo Maluf é escolhido como candidato do PDS à Presidência. Aumenta o número de dissidentes.
12 de agosto de 1984 - O PMDB aprova a chapa com Tancredo Neves e José Sarney.
15 de janeiro de 1985 - O Colégio Eleitoral elege Tancredo Neves presidente. Foram 480 votos para Tancredo, 180 para Maluf e 26 abstenções.
14 de março de 1985 - Na véspera da posse, Tancredo Neves é internado em Brasília.
15 de março de 1985 - José Sarney assume a Presidência.
21 de abril de 1985 - Tancredo Neves morre. A causa da morte foi uma diverticulite.
28 de junho de 1985 - Sarney manda ao Congresso uma mensagem propondo a convocação de uma Constituinte.
5 de outubro de 1988 - A Constituição é promulgada.
15 de novembro de 1989 - Os brasileiros voltam a votar para presidente após 29 anos.
17 de dezembro de 1989 - No segundo turno das eleições, Fernando Collor de Mello (PRN) derrota Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e é eleito presidente.
Infidelidade governista foi essencial para a vitória de Tancredo
Chovia em Brasília às 12h25 do dia 15 de janeiro de 1985, quando foi anunciada a vitória de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral. Do lado de fora do Congresso, populares comemoraram sob uma bandeira nacional de 250 metros quadrados. Outros escalaram a cúpula do Congresso. Era a primeira festa da Nova República, termo cunhado por Tancredo em seu discurso de vitória.
Em uma sessão com três horas e meia de duração, Tancredo teve 480 votos, contra 180 de Maluf (166 deputados do PDS votaram na oposição).
Os peemedebistas apostaram na infidelidade partidária do PDS para romper a barreira do colegiado, composto pelos membros do Congresso e por delegados escolhidos pelas Assembleias Legislativas. Tancredo insistia na tese da não validade da fidelidade partidária, pois deixar os 686 membros livres era a brecha para a vitória. Em novembro de 1984, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia decidido que parlamentares e delegados não eram obrigados a obedecer as diretrizes partidárias. O PT, que tinha apenas quatro anos de existência, fechou posição contrária à eleição. Dos oito parlamentares do partido, três se rebelaram e acabaram expulsos – Ayrton Soares, Bete Mendes e José Eudes votaram em Tancredo. “Queríamos eleições diretas”, lembra o advogado e ex-deputado petista Edésio Passos. “Não que o PT fosse contrário à candidatura do Tancredo Neves, mas foi uma posição no sentido das eleições diretas.”
José Marcos Lopes, com agências
Apesar de definida pelo Colégio Eleitoral, a eleição que colocou fim a duas décadas de governos militares começou a ser decidida nas ruas. Durante três meses, de janeiro a abril de 1984, milhões pediram nas ruas para o Congresso aprovar a emenda que reinstituía as eleições diretas para presidente – a última havia sido em 1960, quatro anos antes do golpe militar. A emenda recebeu o nome de seu autor, o então deputado Dante Oliveira (PMDB-MT). No dia 16 de abril de 1984, em São Paulo, no maior ato público da história do país, cerca de 1,5 milhão de pessoas pediram a volta das eleições.
A emenda foi rejeitada pelo Congresso Nacional em 25 de abril, mas o estrago nas bases da ditadura já estava feito. O golpe final veio com um racha no PDS, partido de sustentação do regime militar (a antiga Arena, rebatizada após a reestruturação dos partidos políticos, em 1979). O então presidente do partido, senador José Sarney, propôs a realização de uma convenção para definir quem seria o candidato à Presidência. A tese foi rejeitada pelo grupo ligado ao deputado Paulo Maluf, ex-prefeito biônico de São Paulo.
Sarney entregou a presidência do PDS e governistas de peso, como o pernambucano Marco Maciel e o catarinense Jorge Bornhausen, acompanharam o senador na criação da Frente Liberal (que depois viria a ser o PFL). A oficialização da candidatura de Maluf à Presidência deixou outros governistas descontentes – eram os votos de que a oposição precisava, no Colégio Eleitoral, para vencer a eleição. Sarney foi então oficializado como candidato a vice na chapa encabeçada por Tancredo Neves – por ser um político de tradição conservadora, o mineiro era mais “palatável” aos militares que o principal líder da oposição, o deputado do PMDB Ulysses Guimarães.
Vitória das ruas
“A vitória do Tancredo Neves foi construída nas ruas, na campanha das Diretas”, diz o senador paranaense Alvaro Dias (PSDB). Eleito para o Senado em 1982 pelo PMDB, Alvaro foi um dos articuladores do comício da Boca Maldita. O tucano avalia que o racha no PDS, que possibilitou a vitória de Tancredo, também foi motivado pela pressão popular. “Sem o racha, [a vitória] seria impossível, porque a oposição era minoritária. E a motivação para a dissidência também veio das ruas”, avalia o tucano.
A historiadora Dulce Pandolfi, do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getúlio Vargas (FGV), acrescenta que o desgaste da ditadura também ajudou no processo. “O Tancredo foi escolhido por ser mais conciliador. Mas acho que ali não foi o fato de ser ou não o Tancredo. O regime estava completamente desgastado”, afirma. “Foi mais o interessante o Maluf ser candidato do PDS do que o Tancredo do PMDB. E os movimentos sociais tiveram grande importância; a ditadura caiu por causa da sociedade. O Colégio Eleitoral foi um passo nesse processo que vinha crescendo com a Lei da Anistia, as greves do ABC Paulista e o movimento pelas eleições diretas.”
Suborno e medo de retrocesso assombrarama votação
Os dias que antecederam a eleição no Colégio Eleitoral foram tensos. Entre políticos da situação e da oposição, havia o receio de que os militares pudessem interferir no resultado da eleição e prolongar ainda mais o regime, que já durava 21 anos.
Alvaro Dias, que já era senador na época, lembra que havia boatos sobre a compra de votos de parlamentares. “Havia um processo de suborno de parlamentares, que estavam sendo cooptados para votarem no [Paulo] Maluf. A pressão das ruas impediu esse movimento.”
O senador diz que houve uma decepção quando Tancredo morreu e José Sarney (que antes era presidente do PDS) assumiu. “Houve um grande debate sobre quem deveria assumir: o Sarney ou o Ulysses Guimarães. O que facilitou a posse do Sarney foi o desejo de democratização. Havia um clima favorável à redemocratização, mesmo entre os militares.”
A historiadora Dulce Pandolfi lembra que a oposição chegou a debater se participaria do processo após a rejeição da emenda Dante de Oliveira. “Tinha-se muita cautela, o país estava saindo do regime militar e a transição estava inconclusa”, afirma. “Teve um debate grande sobre se [a oposição] continuaria a campanha, se deveria apostar no Colégio Eleitoral. Em 1974, com a eleição do [Ernesto] Geisel, a oposição sabia que ia perder, mas o Ulysses [Guimarães] saiu denunciando o regime pelo Brasil. Mas em 1984 tinha chances reais.”
O ex-deputado Euclides Scalco lembra dos debates internos no PMDB. “Os chamados autênticos não queriam a votação pelo Colégio Eleitoral. Mas o importante era retomar o processo democrático, e foi o que aconteceu. Se não fosse isso, não teria havido a Constituinte“, avalia.
Eleito presidente, Tancredo Neves não chegou a assumir o cargo. No dia 14 de março, véspera da posse, o peemedebista foi internado no Hospital de Base, em Brasília. José Sarney assumiu a Presidência em seu lugar. Tancredo morreu em 21 de abril de 1985, vítima de uma diverticulite, sem vestir a faixa presidencial que ganhara indiretamente da população, por meio do Colégio Eleitoral.

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Comício pelas diretas na Boca Maldita, em Curitiba Rubens Vandresen/ Gazeta do Povo