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sábado, 3 de outubro de 2015

Justiça cobra projeto de restauração de casarão português

Juíza determina que a Prefeitura de Três Lagoas promova a restauração do antigo Consulado Português

I
A juíza Aline Beatriz de Oliveira Lacerda determinou que Prefeitura de Três Lagoas apresente, em 90 dias, um projeto de lei à Câmara da cidade para a restauração de um imóvel situado na rua Paranaíba, onde funcionou o Consulado Português no início do século passado e que foi tombado pelo patrimônio histórico da cidade há mais de quarenta anos.  O descumprimento ou atraso no prazo dará multa diária de R$ 5 mil.
Depois disto, o município deverá providenciar a restauração e conservação do imóvel que pertence à família de Teotônio Mendes, que foi vice-cônsul de Portugal no Brasil. 
De acordo com a decisão, do último dia 28 de setembro, o município terá que recompor o imóvel ao estado original, observando-se as características primárias. 
Em uma ação civil pública ajuizada pelo promotor de Justiça, Antônio Carlos Garcia de Oliveira, o Ministério Público afirma que o município não fez qualquer obra de restauração, recuperação, consertos no prédio, que se encontra em estado de abandono, e seus proprietários não manifestaram qualquer interesse em sua restauração.
Além disso, o promotor alega que, apesar de o imóvel ser de propriedade particular, cabe a órgãos públicos  “proteger os documentos, obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural (...), devendo o município promover medidas aptas a garantir tal proteção”.
Oliveira disse ainda que “infelizmente” o município não cuida do seu patrimônio histórico e citou, como exemplo, os bens que pertenciam à ferrovia, que estão abandonados. “Esse imóvel onde funcionou o consulado pertence a uma família fundadora do município e representa uma parte da história de Três Lagoas; tem uma arquitetura que deve ser preservada”, destacou.
Ainda na opinião do promotor, uma cidade que pretende ser considerada turística não pode deixar o seu patrimônio histórico abandonado. 
Antônio Carlos disse que a prefeitura já deveria ter adquirido o imóvel, já que a família se propôs a vendê-lo. “Esse local poderia ser um dos museus da cidade. 
Preservar o patrimônio é muito importante para todos. Por isso ajuizamos essa ação, e a ilustre magistrada, com muita precisão, soube mostrar que devemos preservar o patrimônio que, em Três Lagoas, encontra-se em completo abandono”, destacou.
RACHADURAS
Cláudio Mendes Pauliquevis, neto do cônsul, mora no imóvel que foi construído em 1914 - antes mesmo da fundação de Três Lagoas, um ano depois.
Ele disse que, assim, ajuda na preservação do imóvel, que já foi invadido por desconhecido e está bastante deteriorado, com o forro comprometido e rachaduras na parede. 
Cláudio disse ainda que a família não pode fazer uma simples reforma, já que o prédio é tombado pelo município como patrimônio histórico. 
A restauração, segundo o herdeiro, está longe do alcance financeiro da família, e não soube estimar quanto seria gasto em uma reforma. Também comentou que, mesmo sendo tombado, a prefeitura não concede nenhum benefício ou desconto de impostos municipais. 
Disse também que acharia interessante se a prefeitura tivesse interesse em comprar o prédio, e adiantou que a família já está providenciando o inventário do imóvel para que outros herdeiros decidam o que será feito do imóvel. “Por mim, seria vendido”, disse.
Cláudio Pauliquevis contou que quando os portugueses vinham para Três Lagoas, seu avô fazia a legalização de imigrantes neste imóvel. 
A reportagem procurou  a diretora do Departamento de Cultura, Vickie Vituri Garcia, nos últimos dois dias para saber de projetos da prefeitura para o local, mas ela não atendeu as ligações. 

Passeio ciclístico espera até 1.000 participantes neste domingo, 4

A largada está marcada para as 8h30, na praça Ramez Tebet, no centro de Três Lagoas
Aproximadamente 400 ciclistas confirmaram participação, até ontem, no “Pedalando - Passeio Ciclístico” promovido pelo Serviço Social do Transporte (Sest) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat), previsto para amanhã, às 7 horas, na praça Ramez Tebet, no centro de Três Lagoas.
A promoção também será realizada neste final de semana em outras capitais e grandes cidades do país. Em Mato Grosso do Sul, apenas Três Lagoas terá a realização do evento.
O número de inscritos ficou bem abaixo da previsão de organizadores, mas os participantes podem se inscrever no local. Para isso, basta levar um quilo de alimento não perecível. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (67) 2105-5300.
A largada está marcada para as 8h30, na praça. Serão percorridos nove quilômetros até a rotatória da BR-262, pela avenida Filinto Müller, em até três horas de prova. 
O evento esportivo visa promover um trânsito mais harmonioso e estimular o uso da bicicleta, que é ecologicamente correto e traz benefícios à saúde, como afirmam os organizadores. 

Campanha Outubro Rosa lembra a importância da prevenção ao câncer de mama


A campanha de conscientização contra o cancêr de mama, conhecida como Outubro Rosa, é realizada por diversos entidades, no mês de outubro, e dirigida à sociedade, em especial às mulheres. Entre os temas do movimento, está a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença.
O nome da campanha remete à cor do laço que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades: o rosa. Durante o período, monumentos por todo o país se iluminam com essa mesma cor. 
O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e, apesar de também atingir os homens, as mulheres, acima de 35 anos, são o principal alvo.

Prevenção

O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) orienta que todas as mulheres conheçam seu corpo e sempre que possível, seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano, façam o autoexame das mamas. Segundo o Inca, não há técnica específica para a autopalpação e deve se valorizar a descoberta casual de pequenas alterações mamárias durante o toque.
De acordo com o instituto, há elevado percentual de cura quando o câncer de mama é identificado em estágios iniciais, quando as lesões são menores de dois centímetros de diâmetro.

Histórico

O movimento conhecido como Outubro Rosa nasceu nos Estados Unidos, na década de 1990, para estimular a participação da população no controle do câncer de mama. A data é celebrada anualmente com o objetivo de promover a conscientização sobre a doença e compartilhar informações sobre o câncer de mama.
Desde 2010, o INCA participa deste movimento, promovendo espaços de discussão sobre o controle do câncer de mama e divulgando e disponibilizando seus materiais informativos, trazendo qualidade para o debate, tanto para os profissionais de saúde quanto para a sociedade.

Congresso

Nesta quarta-feira (30/09), parlamentares da bancada feminina do Congresso Nacional lançaram, no Salão Negro da Câmara dos Deputados, a campanha Outubro Rosa contra o Câncer de Mama. Durante o evento, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) destacou a redução das mortes pela doença na última década.
Outubro Rosa no Congresso Nacional
Outubro Rosa no Congresso Naciona
“Nos últimos anos, temos conseguido melhoras nos índices do tratamento bem sucedido contra o câncer de mama. De 2005 a 2009, a taxa subiu de 78% para 87%. Isso é resultado de uma intensa mobilização em todo o país e dos recursos aplicados”, disse a parlamentar.
A deputada Elcione Barbalho (PMDB-AM), procuradora da Mulher na Câmara, falou sobre a importância de viabilizar o tratamento da doença no país. “Não adianta chamar a atenção para a doença e estar aqui nesse momento se não lutarmos por condições de tratamento. Não adianta detectar o câncer e não ter condições para tratar”. Elcione também chamou atenção para a incidência da doença em homens.
“Tivemos, no ano passado, 14 mil mortes de mulheres, e em torno de 180 mortes de homens, pela doença. Um dos projetos que conseguimos aprovar foi o que garante a reconstituição da mama no momento em que é feita a mastectomia. Isso é uma lei, mas não é uma realidade, e temos que lutar para que isso seja uma realidade”, disse Vanessa, referindo-se à Lei 12.802/2013, que obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a fazer a cirurgia plástica reparadora da mama logo em seguida à retirada do câncer, quando houver condições médicas.
Na abertura do evento, parlamentares da bancada feminina foram até a rampa do Congresso Nacional e posaram para fotos em frente ao prédio, em seu primeiro dia com iluminação rosa. Durante a campanha, tanto o Congresso quanto os ministérios e outros prédios públicos de Brasília ficarão iluminados de rosa, para lembrar a importância da luta contra o câncer de mama.
*Com informações da Agência Brasil e do Inca