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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Mais de 500 alunos participam do programa Brasil Alfabetizado

 “Meu objetivo é ler e escrever cada vez mais. Até os meus 40 anos eu tinha vergonha de estudar, mas percebi que nunca é tarde para começar. Quero terminar as aulas e tirar a minha carteira de habilitação”, Fátima da Silva
O programa Brasil Alfabetizado começou a ser desenvolvido em Três Lagoas no ano de 2007 e tem propagado conhecimento para mais de 500 alunos, durante esses anos. Com a metodologia de ensino baseada nos ensinamentos de Paulo Freire, os alunos, de 30 e 85 anos de idade, aprendem de maneira dinâmica a ler e escrever.
Para a coordenadora da área de inspeção escolar de Três Lagoas, Maria do Nascimento Castro, esse programa veio para tentar erradicar o analfabetismo.
“Um dos focos é oportunizar para as pessoas que não foram na escola, na idade certa, voltar a estudar. O trabalho é desenvolvido em igrejas, instituições e nas casas dos estudantes”, afirma.
Nossa equipe de jornalismo foi acompanhar uma aula que foi realizada na casa da aluna Adélia Godoy, de 83 anos. Feliz por poder aprender, dona Adélia diz que nunca estudou e hoje realiza um grande sonho. “Fui aprender a ler e a escrever com a minha professora aqui. Eu tive um derrame, cai e fiquei em uma cadeira de rodas. Mesmo assim não desisti. Hoje estou contente e feliz”, ressalta.
Na cidade de Três Lagoas, 17 turmas estão abertas e uma média de 20 alunos frequentam as aulas de cada turma. Maria Aparecida de Souza foi convidada para participar do programa após a aposentadoria. Hoje ela é uma das professoras e está feliz com essa nova missão. “Adquiri uma experiência muito boa e hoje repasso para as minhas alunas. Eu tenho as alunas apoiadas em mim e eu nelas. Levo para a fisioterapia, para receber a aposentadoria e estou com elas quase o tempo todo. O laço de amizade é muito grande”, finaliza.
Muitas alunas, por meio das aulas, já estão fazendo planos para o futuro. “Meu objetivo é ler e escrever cada vez mais. Até os meus 40 anos eu tinha vergonha de estudar, mas percebi que nunca é tarde para começar. Quero terminar as aulas e tirar a minha carteira de habilitação”, conclui emocionada, Fátima da Silva.

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