Por:. Iranilson Alves
A CÂMARA NÃO AGE, NÃO APRESENTA RESULTADOS PRÁTICOS
No calor das discussões sobre a ampliação das cadeiras de vereadores junto à Câmara Municipal de Araçatuba, com a pressão e lobby feitos notadamente pelos representantes dos tidos partidos nanicos, ou seja, os partidos de uma só pessoa, a população se vê descrente até mesmo com o atual quadro dos tais representantes do povo. E estupefata a cidade pergunta: “representantes para quê “ ? A atuação de alguns edis é simplesmente medíocre, pobre, digna de reparos. Vejam que a Câmara de Araçatuba mostra um desempenho sofrível em termos de realização daquilo a que se propôs. Estamos em meados do mês de maio, logo virá o tal recesso parlamentar, as férias dos políticos e estes estão apreciando, discutindo requerimentos de informações apresentados em fevereiro !!! Muitos desses requerimentos quando chegam ao plenário estão extemporâneos, sem propósito, caducaram dada à inoperância, lentidão e absoluta falta de preparo de alguns vereadores.
De prático, de certo, tais requerimentos acabam empoeirados nas gavetas da burocracia e não atendem o seu fim. Os vereadores perdem um tempo enorme em infindáveis e inócuas discussões muitas vezes se desviando do assunto em tela. O plenário perde um tempo valioso discutindo esses inoportunos votos de pesar, votos de aplausos, nomes de ruas, e por aí vai. É preciso que a mecânica, o funcionamento do legislativo ganhe agilidade, diminua a burocracia jurássica hoje existente. Nesta semana passada a Câmara perdeu tempo com uma dispensável e inútil homenagem ao Dia das Mães, com entregas de flores para as vereadoras mulheres e mães, flores estas que fatalmente ganharam o caminho do lixo no dia seguinte, uma inutilidade paga com o dinheiro público. Esta homenagem era perfeitamente dispensável, não cabe num ambiente de uma casa legislativa. Discutiu-se exaustivamente um voto de pesar pela morte do Sr. Orlindo Tedeschi, que de fato, pelo seu passado, pela sua dedicação ao desenvolvimento de Araçatuba, mereceria na verdade uma sessão solene convocada especialmente para este fim.
Não tem sentido que requerimentos sejam exaustivos e até de forma cansativa discutidos. E pior ― o vereador fala e “reserva” seu tempo para depois repetir as mesmas palavras. É preciso que a Edilidade adapte seu regimento interno aos tempos modernos e dê celeridade às votações, às discussões. Da forma como hoje se processa o funcionamento da Casa de Leis, o mandato dos atuais vereadores vai acabar e estes com o triste e amargo sabor de que não fez tudo que gostaria ou deveria ter feito. Não tem sentido essa lentidão enquanto o município padece de decisões que visem atender os mais elementares anseios da população. Sem contar quando a bancada situacionista subjugada e dominada pelo Executivo resolve impedir a aprovação de determinados assuntos de interesse da oposição, pois muitos vereadores na verdade estão ali representando de fato os interesses do prefeito em detrimento do povo, do eleitor. Os vereadores Joaquim da Santa Casa, Papinha, Platibanda e Edval da Madeireira, "assassinam", "matam" a lingua portuguesa, "arranham" o vernáculo e ninguem aguenta mais o vereador Platibanda repetir o mesmo discurso desde 2009 para atacar o prefeito.
Assim, a situação leva a crer mais uma vez que o povo tem razão em desprezar, em impedir que novas cadeiras sejam criadas para satisfazer única e exclusivamente os interesses mesquinhos de pseudos líderes de partidos sem nenhuma representatividade. No fundo, estão interessados em eleger-se para conseguirem as benesses do poder, troca de apoio e favores por cargos de funcionários fantasmas. Este sim é o objetivo da maioria daqueles que defendem o aumento de vereadores. Com os 12 atuais a Câmara padece de agilidade, de ação, de mostrar resultados práticos, imagine-se a população ter que engolir mais vereadores, mais assessores, compadres e afilhados políticos, todos se beneficiando do dinheiro público. Não se vê no horizonte nenhuma possibilidade que aumentar as cadeiras irá dar mais agilidade, mas produtividade aos trabalhos dos tais representantes, pelo contrário, a tendência é piorar. Por que os atuais vereadores antes de entrarem em férias não realizam uma sessão especial para votarem a pauta em atraso ?
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