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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Seu celular foi roubado? Veja o que pode ser feito
 
O Brasil alcançou em 2011 um número recorde de linhas celulares habilitadas no país, que são agora mais de 242 milhões. Com tantos aparelhos sendo usados, é cada vez mais comum ouvir histórias de pessoas que tiveram celulares roubados e perdidos. Mas você sabe o que deve fazer quando isso acontece? O UOL Tecnologia traz a seguir algumas dicas para quem, infelizmente, passou ou passará por essas situações.

Bloqueio do aparelho
 
Desde 2000 existe um cadastro único que registra aparelhos que foram roubados, com o objetivo de impedir que sejam habilitados com novas linhas. O Cemi (Cadastro de Estações Móveis Impedidas), no último dia de dezembro de 2011, tinha cerca de 1,9 milhão de aparelhos bloqueados – número bem baixo se considerarmos os 242 milhões de linhas celulares no país.
 
O que fazer quando você perde seu celular?
 
1º Ligue para a central de atendimento da operadora e solicite o bloqueio da linha

2º Encontre o IMEI (nº de identificação do aparelho) na nota fiscal do aparelho

3º Faça um Boletim de Ocorrência ou assine um Termo de Responsabilidade na loja da operadora para bloquear o aparelho com IMEI

4º Se usa um smartphone com aplicativo de rastreamento, peça ajuda da polícia para tentar recuperá-lo

5º Se pagou caro no aparelho (e costuma perdê-lo), faça um seguro para o smartphone

Assim como você tem um R.G, seu aparelho celular tem um número único de identidade no mundo, chamado de IMEI (International Mobile Equipment Identity). É com esse número que é possível bloquear seu aparelho: o problema é que ele está, geralmente, atrás da bateria do celular (impossível de ver depois de ser roubado) ou na nota fiscal (que você guardou em alguma gaveta e nem sabe mais onde está).

Então, se você está lendo esse trecho do texto, pare tudo e corra atrás do seu IMEI. Deixe anotado em um local de fácil acesso (dica: envie um email para si mesmo com o seu IMEI).
 
Anotou direitinho?
 
Desde abril de 2010, para cadastro no Cemi não é mais preciso apresentar o Boletim de Ocorrência à sua operadora. No primeiro contato, a empresa faz um bloqueio temporário. Para torná-lo permanente, você deve comparecer a uma loja da operadora e assinar um termo de responsabilidade em até 48h do comunicado da perda, furto ou roubo ou, se preferir, encaminhar o B.O à empresa (no Estado de São Paulo, ele pode ser feito pela internet em caso de furto ou perda).

Bloqueio da linha
 
Antes de bloquear o aparelho, a primeira atitude a ser tomada é bloquear a sua linha de celular – isso impede, no caso de donos de linhas pré-pagas, que o ladrão gaste todos os seus créditos. No caso de linhas pós-pagas, a conta mensal ainda será enviada para você, mas pelo menos quem ficou com seu celular não gastará a franquia do seu plano.
 
Cada operadora tem um procedimento próprio para o bloqueio da linha, mas em geral ele pode ser feito por telefone pelo serviço de atendimento ao consumidor (não se esqueça de anotar sempre o protocolo de atendimento).
 
Em caso de roubo, furto ou perda do aparelho celular, o cliente deve entrar em contato imediatamente com o Serviço de Atendimento ao Cliente da Claro, pelo número 1052, de qualquer telefone e solicitar o bloqueio da linha ou, ainda, realizar a suspensão da linha pelo site da Claro, na seção Minha Claro. O bloqueio também pode ser feito nas lojas.
 
Para clientes Claro Conta, a Claro permite que o cliente adquira novo aparelho no valor referente ao plano contratado caso já tenha cumprido, no mínimo, seis meses da carência vigente. Neste caso, o cliente deve entrar em contato com o Serviço de Atendimento da operadora e, posteriormente, apresentar o boletim de ocorrência na loja. Ele também deve estar adimplente e não ter participado da Política de Perda e Roubo nos últimos 12 meses.
 
No entanto, é preciso ficar atento ao prazo para reativação da linha bloqueada – afinal, pode se tratar de um número que você tem há muito tempo – que varia de 60 a 150 dias dependendo da operadora.
 
Esse era o caso da assessora Karolina Dirani, 32, que teve o celular furtado, mas perdeu a linha por um erro de informação da atendente da operadora. “Ela disse que eu tinha até seis meses para desbloquear a linha, porém o correto era ter dito três. Perdi uma linha que tinha há dez anos por isso”, relembra.
 
Uma amiga ligou para o número antigo e avisou Karolina que um homem havia atendido a ligação. “Quatro meses depois, percebi o erro. Procurei um advogado, mas ele disse que sem o número do protocolo de atendimento seria difícil provar o erro da atendente.”

Rastreamento
 
Para quem usa smartphones, alguns aplicativos realizam o rastreamento dos aparelhos. Se você foi roubado, é totalmente desaconselhável sair sozinho em busca do celular – procure ajuda da polícia.
 
Arquivo pessoal
 
Publicitário Vitor Rosalem combinou o uso do aplicativo Find My iPhone ao Google Street View para reaver celular esquecido em táxi
 
Em um caso recente (e cada vez mais comum), a Polícia Civil de São Paulo prendeu três suspeitos que haviam roubado, além de um iPhone, laptops das vítimas. O celular da Apple levado pelos ladrões pôde ser rastreado pelo Find My iPhone. O delegado do caso, Noel Rodrigues de Oliveira Júnior, afirmou que já era a terceira vez que prendia assaltantes usando o aplicativo de rastreamento.
 
Já o publicitário Vitor Rosalem, 27, havia apenas esquecido seu iPhone em um táxi, pego à esmo na rua, indo para o trabalho.
 
Além de usar o aplicativo Find My iPhone, Rosalem teve de contar com sua própria astúcia para recuperar o aparelho: percebeu que o taxista parava sempre na mesma rua, presumiu que ali seria o ponto do táxi e, vendo imagens no Google Street View, descobriu o telefone de lá.
 
“Liguei para ele, que ficou espantado por eu ter descoberto o contato. Ele também ficou surpreso quando eu disse que sabia que o iPhone estava numa rua no bairro de Santana, onde ele mora”, conta.
 
Uma alternativa pouco conhecida, válida principalmente para quem possui um smartphone caro e se expõe muito aos riscos (como andar na rua e passar frequentemente por locais onde há assaltos), é fazer um seguro.
 
Em um deles, assim como ocorre em uma cobertura para veículos, o valor de mercado do aparelho móvel e o tempo de depreciação (idade) são avaliados para calcular o preço da apólice. “Em média, é cobrado cerca de 15% do preço do aparelho”, explica Miguel de Souza Valério, corretor da Porto Seguro. No caso específico da seguradora, não é cobrada franquia em caso de sinistro.
 
A cobertura, no entanto, só é válida para casos de roubo (ação praticada com violência contra uma pessoa ou sob grave ameaça) e furto qualificado (quando há destruição ou rompimento de obstáculo, como por exemplo arrombamento de uma casa, para subtração do bem). É preciso também apresentar o Boletim de Ocorrência à seguradora para que a empresa avalie o caso e conceda o valor de cobertura da apólice para a compra de um novo aparelho.

Outra modalidade de seguro, oferecido pelas operadoras no ato da compra do smartphone e fornecido por seguradoras terceirizadas. É cobrado um valor mensal (de cerca de R$ 20).
 
Foi por essa proteção que optou Marília Rangel, 28, coordenadora de mercados, quando teve seu iPhone 3GS furtado em 2009 dentro de uma loja de um shopping na zona oeste de São Paulo. “Não fazia nem um ano que eu tinha comprado o celular. Cheguei a voltar à loja, que estava vazia quando tudo aconteceu, mas a vendedora disse que não tinha visto nada”, lembra. Ela saiu de lá direto para a loja da operadora para fazer o bloqueio da linha e, posteriormente, fez o do aparelho. “Comprei outro iPhone 3GS e fiz o seguro por R$ 16 por mês, para não ter outro prejuízo”, explica.



 Fonte: Uol

 



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