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sábado, 19 de março de 2016

Professores da REME participam 3º Seminário de Educação Especial

Com o tema “Altas habilidades/ Superdotação”, professores e especialistas em educação da SEMEC aprenderam sobre o tema, ainda novo nas práticas de inclusão

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Na manhã desta quinta-feira (17), professores da Rede Municipal de Ensino participaram do o 3º Seminário de Educação Especial, promovido pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SEMEC), juntamente com o Departamento Pedagógico. Neste ano, o tema “Altas habilidades/ Superdotação” foi abordado pela Professora Doutora Cristina Maria Carvalho Delou, da Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro. A palestra aconteceu no Papillon Buffet e contou com a presença da secretária de Educação, Jussara Fernandes e demais profissionais da área.
A abertura do Seminário contou com apresentações artísticas dos alunos do AABB Comunidade, projeto desenvolvido pela Associação Atlética Banco do Brasil, Fundação AABB, Federação das AABBs, em parceria com a Prefeitura Municipal, por meio da SEMEC. A apresentação de dança e do coral Vozes do Brasil, coordenada pelos professores Evalda Reis e Eliseu Garcia, tratou do tema Inclusão. O Hino Nacional Brasileiro foi entoado interpretado na Linguagem Brasileira de Sinais (Libras), por Edmarcia Santos Pereira.
A secretária de Educação, Jussara Fernandes, além dar boas vindas aos professores, falou sobre a trajetória de lutas e conquistas da Rede Municipal de Ensino, que beneficiou tanto o trabalho dos novos professores, quanto à educação oferecida aos alunos. “Hoje eu me orgulho de pegar este microfone e poder falar para vocês, das nossas lutas e de todas as nossas conquistas”, disse.
“Vocês sabem que a educação inclusiva é a menina dos meus olhos. Quando a gente sente na pele uma situação, passamos a dar mais importância, a nos preocupar mais. Meu filho tem sequelas de mielomelingocele e foi aceito na escola por pessoas que nem sabiam o que era inclusão. Meu filho foi cuidado, foi ensinado, foi carregado no colo. Hoje estamos aqui para falar desse tema, que ainda não sabemos muito bem como tratar, mas precisamos, pois escola é lugar de inclusão, é direito da criança”, comento Jussara.
Segundo a pedagoga especialista em educação especial da SEMEC, Miriam Vieira, o tema deste ano ainda é novo e por isso, foi escolhido para ser trabalhado. “Altas Habilidades e Superdotação está inserido na Lei e faz parte dos critérios que devem ser atendidos pela Educação Especial. Nossa Rede hoje conta com aproximadamente 15 mil alunos e ainda não detectamos nenhum com Altas Habilidades e Superdotação, porém, não queremos ser negligentes. Buscamos orientação com a Professora Doutora Cristina Maria Carvalho Delou, que é uma referência na área. Para os professores que atuam diretamente no Atendimento Educacional Especializado (AEE), ela vai trabalhar a parte instrumental, para capacitar os profissionais a identificar esses alunos e para posteriormente, atendermos cada um na sua especificidade, no Núcleo de Atendimento da Escola Eufrosina Pinto”, explicou.
Na ocasião, também estiveram presentes a presidente do Conselho Municipal de Educação e Previdência, Elaine Aparecida de Sá; a representante do Sistema Positivo, Marisa Mauricio; a Assistente Social Lilian Cristina Marques, que esteve representando a promotora da Infância e Adolescência, Ana Cristina Carneiro Dias.
Palestra
Especialização ainda pouco estudada por grande parte dos professores, as práticas pedagógicas para alunos com Altas Habilidades/Superdotação é uma importante ferramenta na inclusão desse público. Além de frequentarem salas de aula regular, também devem receber o Atendimento Educacional Especializado (AEE), direito garantido pela Resolução CNE/CEB Nº 04/2009.
Doutora em Educação, a professora Cristina Maria Carvalho Delou atua nas áreas de Educação Especial e Educação de Superdotados. Já realizou pesquisas e trabalhos de extensão sobre Inclusão e Acessibilidade de Deficientes Visuais para o Ensino de Biologia, Programa de Atendimento de Alunos com Altas Habilidades/Superdotação e Mapeamento de Demandas de Acessibilidade dos Campi da Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro, onde ministra aulas.
Vice-Presidente da Associação Brasileira de Diversidade e Inclusão (ABDIn) para o biênio 2015/2016, atua na área desde 1987 e acredita que a inclusão deve ser dar nas salas de aula, o que apesar de ser um direito, ainda é um grande desafio. A frequência do aluno no ensino regular não garante a inclusão, que deve ser trabalhada com metodologia adequada por professores capacitados e com conhecimento do assunto.
AEE
Implantando com recursos próprios do município em junho de 2012, na administração da prefeita Márcia Moura, o Atendimento Educacional Especializado (AEE), atende aos alunos por meio de equipamentos de informática, mobiliários, materiais pedagógicos e de acessibilidade para a organização do espaço e aplica atividades diferentes das transmitidas nas salas de aula regulares frequentadas pelos alunos, em horário oposto.
Desta forma, não se caracteriza como reforço das atividades escolares e sim um complemento que busca eliminar as barreiras, possibilitando desenvolvimento, aprendizagem e a plena participação na sociedade.
Ferramenta da Educação Inclusiva, a Educação Especial, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de dezembro de 1996, é a “modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/ superdotação”.

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