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terça-feira, 5 de julho de 2011

Mato Grosso do Sul tem 3 faculdades com nota zero no Exame da Ordem


Mato Groso do Sul tem 3 faculdades de Direito entre as 90 que não conseguiram aprovar nenhum aluno no Exame da Ordem do Advogados. Com índice recorde de reprovação este ano, a OAB teve apenas 11,8% de aprovados no País.


De 106.891 bacharéis em direito inscritos, só 12.534 passaram pelo teste. O percentual de aprovação média no Brasil é o mesmo atingido pelos acadêmicos de Mato Grosso do Sul.


Na lista de piores desempenhos estão a Faculdades Integradas de Paranaíba – Fipar, o Instituto Campo Grande de Ensino Superior – ICGES e Instituto Mato Grosso do Sul de Educação e Cultura – Ismec.


Das três, o pior resultado foi da Fipar, que já na primeira fase teve os 10 alunos participantes eliminados. O ICGES aprovou 4 dos 45 inscritos, mas todos foram eliminados na segunda etapa da prova. O Ismec conseguiu a aprovação de 1 dos 10 inscritos, mas não passou também da segunda fase.


Desde o ano passado, a prova é nacional, unificada, e realizada pela Fundação Getulio Vargas.


A OAB nacional informou que vai notificar o Ministério da Educação para colocar as 90 instituições com nota zero em regime de supervisão, que pode levar ao cancelamento das autorizações de ensino superior, como ocorre no Enade (Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes). O MEC registra 1.120 cursos superiores de direito no país. São cerca de 650 mil vagas, segundo a OAB.


Dados dos últimos quatro exames mostra que as 20 melhores instituições de ensino superior públicas aprovam, em média, entre 70% e 90% dos candidatos inscritos no Exame da Ordem.


Nas 20 piores universidades públicas e as 20 melhores universidades privadas, a aprovação média é de 40% a 60%. Já as 20 piores instituições particulares aprovam entre 3% e 5%. “Isso puxa para baixo o número de aprovações. Infelizmente, o maior número de estudantes está nas faculdades privadas”, disse Cavalcante.


Segundo o MEC, os melhores cursos de Direito do País estão na Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal do Ceará (UFCE), Universidade Federal do Piauí (UFPI), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Universidade Federal de Sergipe (UFS).


A entidade também estuda a possibilidade de questionar na Justiça as aprovações de novos cursos feitas pelo Conselho Nacional de Educação.

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