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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Reajuste do Piso: Sem acordo negociação entre FETEMS e Governo continua


 Uma nova rodada de negociações foi agendada para a próxima segunda-feira (26), às 7:30h, na sede da governadoria, quando a equipe do Governo do Estado deverá apresentar para a direção da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS), uma proposta por escrito, em relação ao cumprimento da Lei n° 4.464, de 19 de Dezembro de 2013, que trata sobre o reajuste de 25,42% do Piso Salarial dos professores da Rede Estadual de Ensino.
Nesta quinta-feira (22) a direção da FETEMS e os secretários estaduais, Eduardo Riedel, de gestão estratégica, Maria Cecília, de educação, Sergio de Paulo, de Governo e membros da assessoria jurídica e legislação se reuniram pela terceira vez e não fecharam um acordo em torno dos números do Estado e de uma proposta que atendesse os anseios da categoria.

De acordo com o presidente da FETEMS, Roberto Magno Botareli Cesar, as conversas avançaram, mas ainda não é o ideal, pois a entidade não aceitará, em hipótese alguma, retrocessos nas conquistas de valorização dos educadores de MS. “Continuamos afirmando que o Governo do Estado possui condições reais de cumprir a legislação, sabemos de todos os problemas iniciais de gestão, por isso estamos mantendo o processo de negociação em aberto até chegarmos a uma proposta cabível de ser apresentada para os trabalhadores em educação de MS, na Assembleia Geral da Federação, no próximo dia 3 de fevereiro”, explica.

Segundo a vice-presidente da Federação, Sueli Veiga Melo, a entidade optou por não divulgar números que foram apresentados hoje, pois não quere gerar expectativa na categoria, até ter de fato uma proposta concreta que possa ser votada em Assembleia. “O que podemos afirmar é que não admitiremos retrocessos, temos uma Lei, aprovada, que vem de encontro com a meta 17 do Plano Nacional de Educação, que prevê a implantação do pagamento do piso dos professores por 20 horas, no prazo de seis anos em todo o país e é nesse sentido que continuaremos nossa luta pela valorização da categoria”, afirma.

Na ocasião o secretário de finanças da FETEMS, Jaime Teixeira, explicou que a entidade trabalha com dados concretos da arrecadação do Estado e sabe que existe a capacidade de cumprir a Legislação. “Nós trabalhamos com números, estudamos a máquina e sabemos até onde podemos ir no processo de negociação, exemplo disso, é que atualmente MS gasta 42% de recursos com folha de pagamento, com o reajuste gastaria 45% e pelo consta na legislação pode gastar até 54%, portanto continuaremos na luta para apresentar a melhor proposta possível para a categoria”, disse.

Já o secretário jurídico da entidade, Amarildo do Prado, afirmou que o prazo para finalizar as negociações está apertando, já que precisam de uma proposta concreta até o próximo dia 30 de janeiro. “Nossa expectativa é de finalizar esse processo até a próxima segunda-feira (26), para que no nosso conselho de presidentes dia 28, quarta-feira, possamos repassar isso para os dirigentes sindicais que irão realizar as Assembleias Municipais com a categoria no próximo dia 2 de fevereiro, segunda-feira”, ressalta.

Em entrevista a imprensa, ao final da reunião, a secretária de educação do estado, Maria Cecília, ressaltou que por parte do Governo as negociações continuam. “Pretendemos deixar as portas abertas para o diálogo com a Federação e esperamos chegar a um consenso que seja cabível para ambas as partes”, conclui.

Historicamente a FETEMS irá realizar assembleias municipais para debater o reajuste do piso salarial, dos professores nos 73 sindicatos filiados a entidade, no mesmo dia e no mesmo horário, no próximo dia 2 de fevereiro, segunda-feira, às 16hs e no dia 3, terça-feira, os delegados tirados nessas assembleias, estarão em Campo Grande, para uma assembleia geral da Federação, onde será votado se a categoria concorda ou não com a proposta do Governo e quais as ações que serão realizadas. É nessa ocasião, por exemplo, que se define a realização de uma possível greve na rede estadual, a partir do dia 4, que é quando se iniciam as aulas.

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