A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta sexta-feira revisões extraordinárias de tarifas para 58 distribuidoras de eletricidade do país, com impacto nacional médio de 23,4 por cento.
As novas tarifas entram em vigor na próxima segunda-feira.
Para a Eletropaulo, o aumento médio das tarifas será de 31,9 por cento, enquanto a Cemig terá elevação de 28,8 por cento. Para a Light, o aumento será de 22,5 por cento.
A revisão extraordinária de tarifas foi necessária para custear o aumento no repasse da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), uma vez que o Tesouro não fará aportes na conta esse ano, e para fazer frente ao reajuste da energia de Itaipu.
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira no Rio Grande do Sul, onde inaugurou o Parque Eólico de Geribatu, que os aumentos de energia elétrica são necessários, mas “passageiros”.
Em Santa Vitória do Palmar, a presidente reconheceu que o país ficou dependente demais do modelo de geração hidrelétrica mas que, mesmo com a maior seca dos últimos cem anos, não haverá racionamento “porque o sistema de transmissão é robusto”.
— Quando a água falta no Brasil, e todo mundo tem que saber disso, aumenta o preço da energia sim, porque você passa a pagar por aquilo que não pagava, que é a água e o vento.
Qualquer outra forma de energia tem que pagar. Ela funciona como uma espécie de reserva, que você só vai usar quando precisar.
Nós estamos precisando. Então, eu quero explicar a vocês que os aumentos de preços da energia são passageiros. Eles estão em função do fato de que o país enfrenta a maior falta de água dos últimos cem anos.
Isso não significa que nós vamos ter qualquer problema sério ou mais sério na área de energia elétrica. Não iremos ter porque temos todo um sistema de segurança. Mas isso também não significa que vamos sair por aí jogando energia pela janela e não consumindo de forma racional — disse a presidente.
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